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E-BOOK

Consciências'05 • Os 40 Anos da Revista Insólito

Álvaro Campelo, Joaquim Fernandes & Rute Meneses

Foram muitas as razões que levaram aqueles jovens (nós) a criar o CEAFI em plena penumbra marcelista. Claro que foi, sem dúvida, essa penumbra que sucedeu à escuridão salazarista, que permitiu alavancar veleidades atá aí submersas e mantidas inertes, mas também a nossa irreverência, o nosso inconformismo, e, sem dúvida alguma, a forma como olhávamos o que e quem nos rodeava foi a pedra de toque nessa aventura. Para além de uma ânsia enorme de saber e procurar explicações que o conformismo estabelecido não era capaz, ou não queria dar, também fomos movidos por uma necessidade de partilhar de fornecer aquilo que íamos descobrindo, colocando-o ao alcance de todos os que, sentíamos nós, tinham uma igual necessidade de uma explicação franca, olhos nos olhos e não a camada de poeira que sistematicamente teimavam em atirar-nos. Importa dizer, também, que naquela época as motivações ou os motivos de diversão e de distração da juventude não eram tão diversificadas como são hoje. A internet, os smart-fones, as consolas de jogos, a televisão por cabo, não faziam parte do panorama de disponibilidades ao alcance dos jovens e, por isso, todos nós nos empenhávamos com mais concentração nos objectivos a que nos propúnhamos.
Temos noção de que fomos pioneiros militantes pois sem os meios que hoje existem a nossa tarefa era construída à custa dos nossos esforços. Sem editores de texto criámos relatórios e inquéritos de observação, catálogo de tipos de OVNI’s e tudo com uma simples máquina de escrever e o primeiro número do INSÓLITO, totalmente editado por nós com auxílio de um duplicador a Stencil da marca "Gestetner"! As nossas palestras, conferências, colóquios, encontros por todo o país, e reuniões internacionais, tudo isto foi desenvolvido com um perfeito espírito de missão em que, para além de pretendermos possuir um melhor conhecimento do Universo, desmistificar e divulgar eram, sem dúvida nenhuma, pontos inalienáveis dos nossos objectivos. Claro que o INSÓLITO foi um marco importante para o CEAFI, e para os jovens que o compunham, verificando- se que o número de jovens que se interessavam pela temática ia aumentando, engrossando as fileiras do agrupamento. Simultaneamente, com a entrada de sangue novo, os iniciadores começaram a ter outras responsabilidades, sociais, laborais, familiares, etc. que começaram a criar alguns constrangimentos importantes e limitadores da sua atividade no grupo e o tempo de que podiam dispor para apoiar tão directamente as iniciativas fundamentais para a sua atividade. Assim, o alheamento de alguns elementos foi evidente o que levou a que os mais aptos, ou melhor aqueles cuja actividade lhes permitia continuaram paulatinamente na senda do estudo e divulgação da fenomenologia iniciada por nós, a formar novos grupos, novas publicações. Muito mais ações foram entretanto desenvolvidas, quer graças ao número e entusiasmo dos que de novo se juntaram, bem como todas as ferramentas a que entretanto puderam recorrer, uma das quais indubitavelmente a internet, que permitiu a globalização da informação e a rapidez com que se pode trocar informações quase permitindo o contacto imediato no caso de avistamentos. 40 anos de INSÓLITO é sem dúvida uma distância (temporal) relativamente curta, mas uma diferença abismal no que toca a conceitos, tecnologias, ferramentas e comunicação. À época, foi necessário e urgente fazer alguma coisa para parar e até inverter as tendências estabelecidas. Foi imperioso criar uma consciencialização geral, já que eramos todos responsáveis na construção de uma sociedade mais justa, humana, fraterna, solidária e exigente na procura do conhecimento que nos era sistematicamente sonegado. Acordamos na altura pois a situação era urgentíssima e já estávamos demasiado atrasados!
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